terça-feira, 13 de março de 2018

MERCADOS AGUARDAM UM CPI MODERADO NOS EUA PARA REFORÇAR APOSTA DE GRADUALISMO DO FED

A inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI) em fevereiro deve orientar os mercados globais nesta terça-feira e balizar as apostas para o ritmo do aperto monetário no país. Há pouco, as bolsas europeias e futuros de Nova York exibiam sinal positivo, enquanto o dólar tinha leve alta ante as principais rivais. Após o aumento abaixo do esperado dos salários do país, divulgado na sexta-feira com o relatório de emprego oficial, analistas passaram a questionar se o Federal Reserve irá elevar os juros três vezes neste ano ou se haveria espaço para um quarto aumento em 2018. As estimativas de economistas apontam que pode haver uma desaceleração dos preços, na margem, o que pode ajudar no bom humor dos investidores por reforçar um cenário de gradualismo pelo banco central norte-americano. Já a agenda local traz como destaque as vendas no varejo de janeiro, que no conceito restrito devem voltar a subir na margem, após queda de 1,5% em dezembro, mas não tendem a alterar as apostas de corte de 0,25 ponto porcentual da Selic, para 6,50% ao ano, na reunião do Copom da próxima semana. No Congresso, o presidente da Câmara e pré-candidato à Presidência, Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu que a comissão especial que analisará o projeto que permite a privatização da Eletrobras será instalada nesta terça-feira na Casa. Ele disse ainda que tentará votar nesta semana, no plenário da Casa, o requerimento para tramitação em regime de urgência do projeto da reoneração da folha de pagamento. Caso a urgência seja aprovada, o mérito da proposta poderá ser votado diretamente no plenário, sem precisar ser aprovado antes pela comissão especial que analisa o projeto. Na política, o presidente Michel Temer avisou ontem a líderes e vice-líderes do governo no Congresso que não apoiará candidatos à Presidência da República que não estejam dispostos a defender o legado do governo nas eleições deste ano. Foi um recado dado aos pré-candidatos filiados a partidos da base aliada mas que têm feito questão de se distanciar do governo; entre eles, Maia, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Ao lançar sua pré-candidatura na última quinta-feira, Maia disse não estar disposto a defender o legado do governo.

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