A semana deve começar com os investidores ainda atentos a Suzano e Fibria, após o anúncio da fusão entre as duas companhias na última sexta-feira. No dia, os papéis da Suzano subiram mais de 20%, enquanto a Fibria caiu 10%. Na temporada de balanços, destaques para os resultados da Light hoje após o fechamento do mercado, Movida amanhã (20), Cesp na quarta (21) e Cyrela na quinta (22).
O presidente da Suzano, Walter Schalka, procurou minimizar a possibilidade de a aquisição da Fibria venha a enfrentar restrições de órgãos antitrustres, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ao tentar afastar a ideia de que a combinação das empresas poderá fortalecer o poder de influência do grupo na dinâmica internacional de preços, o executivo afirmou que a companhia continuará sujeita às forças de oferta e demanda que levaram à "grave volatilidade" nos preços internacionais da celulose nos últimos anos.
A compra da Fibria pela Suzano, que criará a maior companhia de celulose do mundo, é vista como complexa por integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ouvidos pelo Broadcast. Um integrante do conselho disse que a operação representará um "desafio" para o órgão, que, desde o ano passado, vem reprovando mais negócios do que em anos anteriores.
As fontes, no entanto, ressaltaram que ainda é cedo para fazer qualquer prognóstico em relação ao julgamento - o caso ainda não foi notificado ao conselho, que terá 240 dias, prorrogáveis por mais 90, para analisar a fusão.
Advogados que atuam na área também disseram à reportagem que, apesar de ainda ser cedo para avaliar o impacto do negócio, a operação certamente será analisada com lupa pelo Cade e dificilmente seria aprovada sem nenhuma restrição pelo órgão antitruste.
A agência de classificação de risco S&P elevou o rating da Suzano de BB+ para BBB-. A perspectiva foi alterada de positiva para estável. Já o rating em escala global da Fibria foi reafirmado em BBB- e a perspectiva permanece estável.
Em comunicado, a S&P comenta que a elevação da nota da Suzano reflete a visão da agência de que a empresa está "empenhada em conter sua alavancagem dentro dos limites de sua política financeira".
Oi
A Oi comunicou que os credores que possuem títulos emitidos pela companhia no exterior, ou bondholders, que representam US$ 8,017 bilhões em créditos devidos pela tele, optaram por receber os valores na forma de ações, no âmbito do Plano de Recuperação Judicial da companhia.
Com isso, a Oi informa que a potencial diluição de participação dos atuais acionistas resultados da futura emissão de novas ações e distribuição das ações que hoje pertencem à Portugal Telecom International Finance (PTIF) seria de, aproximadamente, 71%. O Plano de Recuperação previa uma diluição de até 75%.
Embora tenha decidido não cassar as licenças de prestação de serviços da Oi, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) redobrou a vigilância sobre a empresa e deixou aberta a possibilidade de voltar a analisar, futuramente, a suspensão das operações da companhia. As informações constam em parecer do conselheiro Leonardo Euller de Morais, documento ao qual o Broadcast teve acesso.
O parecer, com data desta sexta-feira (16), determina que a Anatel passará a ter dois representantes, e não apenas um, nas reuniões do conselho de administração e da diretoria executiva da Oi, bem como em qualquer outro fórum onde haja discussões ligadas ao processo de recuperação judicial da tele. Para isso, a Oi deverá enviar ao órgão regulador uma notificação assim que houver a convocação de tais reuniões.
BRF
A agência de classificação de risco S&P Global rebaixou o rating em escala global da BRF de BBB- para BB+ e manteve a perspectiva negativa da nota. Em escala nacional, o rating da BRF foi mantido em brAAA, também com perspectiva negativa.
Em comunicado divulgado sexta-feira, a S&P aponta que "os recentes eventos negativos consecutivos, juntamente com um balanço mais fraco do que o histórico" devem impedir que a companhia reduza significativamente a alavancagem no curto prazo. A agência ainda afirma que o rebaixamento "reflete nossa visão de que a BRF está exposta a vários riscos de curto a médio prazo que aumentaram a incerteza de sua capacidade de melhorar significativamente as métricas financeiras nos próximos seis a 12 meses e reduzir a volatilidade".
EcoRodovias
O conselho de administração da EcoRodovias Infraestrutura e Logística aprovou a composição do Comitê instalado para analisar e investigar de forma independente os fatos indicados no inquérito investigativo que mencionou as subsidiárias Concessionária Ecovia Caminho do Mar e Rodovia das Cataratas (Ecocataratas).
Segundo a empresa, o Comitê será composto por Antonio Mendes e Marcos Paulo Veríssimo. Antonio Mendes é advogado especialista em assuntos corporativos, regulação bancária e M&A. É membro do Conselho de Administração de diversas empresas e foi sócio do Pinheiro Neto Advogados.
CPFL Renováveis
A CPFL Energias Renováveis informa que, em linha com a posição adotada também por sua acionista controladora CPFL Energia, descontinuará a divulgação de dados sobre previsão de investimentos (CAPEX) para os próximos anos no item 11 (Projeções) de seu Formulário de Referência. A empresa afirma ainda que não divulgará mais projeções.
Sua controladora já havia explicado na semana passada que a mudança era uma resposta ao alerta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o entendimento em relação à caracterização como projeção dos dados divulgados a título de previsão de investimentos (Capex) para os próximos anos.
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