quinta-feira, 12 de abril de 2018

FIQUE DE OLHO EM BRF, EMBRAER, ELETROBRAS, JBS, CSN, TENDA E GAFISA

A BRF concentra as atenções nesta quinta-feira, diante da acirrada disputa pela eleição de um novo conselho de administração. Ontem, os executivos Augusto Cruz, José Luiz Osório e Roberto Antônio Mendes informaram recusa a participar da chapa alternativa para a nova composição do colegiado, a ser votada na próxima Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE), em 26 de abril. Olho também em Embraer, com expectativa de novos desdobramentos nas negociações com a Boeing. E os investidores ainda seguem acompanhando Eletrobras, em meio à expectativa de publicação do decreto que inclui a empresa no Plano Nacional de Desestatização (PND).

BRF
A disputa no conselho de administração da BRF tem de um lado os fundos de pensão Previ e Petros e de outro o empresário Abilio Diniz, atual presidente do conselho. Cruz, Osório e Mendes alegam que não foram previamente consultados sobre a participação na chapa indicada pelo conselho, e que somente aceitaram compor a lista originalmente apresentada por Previ e Petros, como havia sido informado ao mercado em 4 de março.

Agora, diante do debate em torno da composição do colegiado e da assembleia geral que acontecerá no próximo dia 26, a expectativa de gestores de fundos é de uma nova gestão da BRF. "É preciso uma definição rápida sobre o conselho e seria positivo uma composição com pessoas que conhecem o setor. Essa indefinição é complicada para nós, investidores", disse um gestor. (leia mais em nota publicada às 08h15).
Embraer
As negociações com a Boeing, iniciadas no final do ano passado, dão sinais de que estão prosseguindo e se encaminham para um desfecho. Ontem, a empresa norte-americana teria feito nova proposta de modelo de negócio para a compra da fabricante de aviões brasileira, que teria sido elaborada em conjunto pelas duas companhias.

Segundo notícias publicadas na imprensa nacional, o documento foi encaminhado ao grupo de trabalho do governo e a transação pode ser fechada na próxima semana.

Eletrobras
O novo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, afirmou que o governo deve publicar hoje o decreto que inclui a Eletrobras no PND. O decreto, que está pronto há meses, é uma precondição para a privatização da companhia, cujo projeto de lei está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Moreira Franco fez o anúncio durante a cerimônia de transmissão do cargo, no auditório do ministério. Em seu discurso, ele reiterou que a privatização da Eletrobras será sua prioridade na pasta.

Embora Moreira Franco tenha anunciado a manutenção da equipe da pasta, o secretário de Energia Elétrica do ministério, Fábio Lopes Alves, vai deixar o governo. Antes da cerimônia de transmissão de cargo, o secretário disse ao Broadcast que pretendia voltar a trabalhar na Chesf, empresa do grupo Eletrobras.

JBS
Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), o empresário Wesley Batista se comprometeu a procurar, para entregar à corporação, os contratos e respectivas notas fiscais envolvendo supostos pagamentos de propina entre a JBS e o ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicação, Gilberto Kassab (PSD), que teriam sido realizados de 2010 a 2016.

O depoimento foi prestado em 20 de março no âmbito da investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. O inquérito foi aberto em fevereiro com base nas delações de executivos da J&F, controladora da JBS. Wesley Batista delatou supostos pagamentos mensais de propina, em torno de R$ 350 mil em favor de Kassab, através da empresa Yape Consultoria e Debates.

CSN
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) perdeu uma possível opção para tentar realizar a venda de suas ações da concorrente Usiminas. O novo acordo de acionistas da siderúrgica mineira impede que qualquer signatário do bloco de controle compre papéis de fora do grupo, onde estão, por exemplo, as ações da CSN.

Conforme a Coluna do Broadcast, mesmo tendo que vender suas ações por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - papéis que foram dados como garantias no alongamento do empréstimo com o Banco do Brasil -, a CSN busca exercer seus direitos políticos na Usiminas, visto que possui nada menos do que 14,13% das ações ordinárias da empresa. Ontem, no entanto, o Cade vetou a participação da CSN na assembleia de acionistas da siderúrgica mineira.

Tenda
Em prévia operacional do primeiro trimestre, a construtora Tenda informou vendas líquidas de R$ 424 milhões, alta de 25% na comparação anual. As vendas brutas somaram de R$ 471 milhões, aumento de 11% frente a um ano antes.

O volume distratado nos primeiros três meses do ano correspondeu a 10% das vendas brutas, uma redução de 10,2 pontos porcentuais (p.p.) frente a igual etapa de 2017. A velocidade de vendas (VSO) líquida encerrou o período em 28,8%, aumento de 4,4 p.p. em um ano. Já a VSO bruta atingiu 32%, incremento de 1,5 p.p.

Segundo a empresa, o número de empreendimentos lançados no trimestre se manteve estável no comparativo anual, mas o volume em VGV caiu 12% ante o primeiro trimestre do ano passado. "Esta queda é reflexo da redução no número de unidades por projetos e atraso no registro de incorporação em algumas localidades, contratempo já superado durante o mês de abril de 2018", diz a companhia.

Gafisa
Ainda entre as construtoras, Gafisa registrou vendas líquidas de R$ 235,8 milhões no primeiro trimestre de 2018, o que representa um crescimento de 100,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre, a alta foi de 93,5%.

Em março, a empresa lançou seu único empreendimento do período, o Upside Pinheiros (São Paulo/SP), com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 138,7 milhões, e que alcançou uma velocidade de vendas (VSO) de 77,5%. Os distratos somaram R$ 57,702 milhões, um recuo de 51,2% ante igual etapa do ano passado e de 39,5% ante os últimos três meses de 2017. (Fabiana Holtz e Equipe)


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Rafael Souza Martins
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