quarta-feira, 11 de abril de 2018

A melhor Seleção Brasileira de todos os tempos

Para responder a essa pergunta superpolêmica – afinal, vale lembrar que todo brasileiro tem um pouco de técnico de futebol – A GB News convocou um timaço de especialistas. Depois de ouvirmos a opinião de oito cronistas esportivos e dos craques Casagrande e Falcão, montamos nosso time dos sonhos. Deu uma equipe bem ofensiva: Gilmar, no gol, Carlos Alberto Torres e Nílton Santos nas laterais, os zagueiros Mauro Ramos de Oliveira e Luís Pereira. No meio de campo, Falcão, Didi e Rivelino. E no ataque, três goleadores: Pelé, Garrincha e Romário. Para comandar essas estrelas, escalamos o técnico Telê Santana. O curioso é que, na votação, nenhum jogador foi unanimidade. Nem mesmo Pelé, que recebeu oito votos. “O Pelé não pode entrar numa seleção dessas, tem de estar no time do universo”, afirma o comentarista Mauro Beting, que, como Casagrande, decidiu deixar o “rei” de fora do time dos sonhos. A disputa mais acirrada ocorreu no meio de campo e no ataque. Gérson, Rivelino, Tostão, Romário e Ronaldo “Fenômeno” receberam quatro votos. Corremos o risco da injustiça e optamos por Rivelino e Romário. Deixamos para sua imaginação a missão quase impossível de tentar achar adversários para esse supertime!



Constelação de craques

Nesse time dos sonhos, nove boleiros ganharam pelo menos uma Copa do Mundo
MAURO RAMOS DE OLIVEIRA (zagueiro)
COPAS – 1954, 1958 e 1962
Mauro foi o maior zagueiro do São Paulo, time que defendeu de 1948 a 1960, e do Santos, onde faturou o mundial interclubes em 1962 e 1963. Na Copa de 1958, foi reserva, mas, em 1962, brilhou como capitão e levantou a taça do bicampeonato
LUÍS PEREIRA (zagueiro)
COPA – 1974
Com 34 gols em 562 partidas, “Luisão” liderou o Palmeiras em sua fase mais vitoriosa, levando o caneco do Brasileirão em 1972e 1973. Desengonçado, tinha as pernas tortas e os pés virados para dentro, o que não diminuía em nada sua habilidade
CARLOS ALBERTO TORRES (lateral-direito)
COPA – 1970
Virando jogador contra a vontade do pai, o “capitão do tri” na Copa de 1970 cansou de ganhar títulos entre 1965 e 1970 e de 1972 a 1975, quando jogou pelo Santos. Em 2000, foi eleito pela Fifa como melhor lateral-direito da história
GILMAR DOS SANTOS NEVES (goleiro)
COPAS – 1958, 1962 e 1966
Único goleiro do país a ganhar duas Copas do Mundo, em 1958 e 1962, Gilmar também foi bi-mundial de clubes pelo Santos, em 1962 e 1963. Conhecido pela segurança e pela calma, jogou 18 anos e levantou 22 taças
NÍLTON SANTOS (lateral esquerdo)
COPAS – 1950, 1954, 1958 e 1962
Apelidado de “enciclopédia do futebol” pelo vasto repertório de jogadas, Nílton Santos inaugurou um novo papel para o lateral, fazendo lançamentos precisos, subindo ao ataque e marcando gols. Pela seleção, foi bicampeão em 1958 e 1962
TELÊ SANTANA (técnico)
COPAS – 1982 e 1986
Ganhou o rótulo de pé-frio por ter perdido as Copas de 1982 e 1986, mas encantou ao montar times que jogavam bonito “e sem violência. Como treinador de clubes, Telê ganhou mais de 15 títulos, incluindo o bi mundial com o São Paulo, em 1992 e 1993
RIVELINO (meio campo)
COPAS – 1970, 1974 e 1978
Grande ídolo de Diego Maradona, o “reizinho do parque” foi um dos melhores jogadores da história do Corinthians e mandou muito bem na Copa de 1970, marcando três gols. Seu chute potente foi apelidado de “patada atômica” pela torcida
PELÉ (atacante)
COPAS – 1958, 1962, 1966 e 1970
“Rei” do futebol, atleta do século, tricampeão pela seleção e bi pelo Santos. Recordista de gols (1 281) e de títulos (57). Em um rasgo de humildade, ele mesmo admitiria: “Pelé é coisa de Deus, é difícil explicar, não vai nascer mais”. Difícil discordar
FALCÃO (volante)
COPAS – 1982 e 1986
O maior jogador da história do Inter de Porto Alegre conduzia a bola sempre de cabeça erguida, procurando a melhor jogada. Arrebentou na Copa de 1982 e foi eleito o segundo melhor do mundo, atrás apenas do carrasco italiano Paolo Rossi
ROMÁRIO (atacante)
COPAS – 1990 e 1994
Herói do tetra na Copa de 1994, o “baixinho” fez mais de 800 gols na carreira e estufou as redes 70 vezes na seleção — com a amarelinha, ele só fica atrás de Pelé. “É o maior jogador que eu vi jogar dentro da área”, diz o comentarista Juca Kfouri
DIDI (meio-campo)
COPAS – 1954, 1958 e 1962
Apelidado de “príncipe etíope” pela elegância e classe no meio campo, Didi fez 21 gols com a camisa da seleção e foi considerado o melhor jogador da Copa de 1958. Na final, sua liderança foi fundamental na virada por 5 a 2 contra a Suécia
GARRINCHA (atacante)
COPAS – 1958, 1962 e 1966
Com seus dribles desconcertantes, Garrincha brilhou na Copa de 1962, quando anotou 4 gols e liderou o time ao título. Com Pelé, “Mané” construiu um dos grandes tabus da seleção: com ele e o “rei” em campo, o Brasil nunca perdeu um jogo
Nosso júri: Alberto Helena Jr. (Diário de São Paulo), Casagrande (TV Globo), Falcão (TV Globo), Juca Kfouri (CBN e Rede Cultura), Mauro Beting (Rádio Bandeirantes e BandSports), Paulo César Vasconcellos (ESPN), Paulo Vinícius Coelho (ESPN), Roberto Avallone (Rede TV!), Ruy Carlos Ostermann (Zero Hora e Rádio Gaúcha) e Sérgio Xavier (Placar)

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