quarta-feira, 23 de maio de 2018

Motoristas de app se unem aos caminhoneiros em protesto

A paralisação dos caminhoneiros ganhou aliados nesta quarta-feira (23) em Curitiba e região metropolitana. Motoristas de aplicativos e motoboys se uniram aos manifestantes para protestar contra o aumento no preço dos combustíveis. Eles se reuniram no bairro CIC e seguiram em carreata até a Repar, refinaria da Petrobrás, em Araucária, que chegou a ter o acesso bloqueado durante alguns minutos durante a manhã.

Segundo Arnaldo Milki, representante de um grupo de motoristas de aplicativos, cerca de 700 motoristas e motoboys participam da paralisação.

“Nós fomos convidados ontem pelo representante de motoboys de Curitiba e RMC para apoiar, então nós nos unimos e estamos apoiando”, disse.

Edilson Reis, representante dos motoboys que participam do manifesto, desabafa e diz que não é necessário baixar o preço do combustível, mas sim, a tributação.
“A gente precisa da redução de impostos, é o país que mais rouba impostos no mundo e o brasileiro paga por isso. Não adianta baixar o combustível hoje e daqui a 10 dias aumentar”, destacou.

A convocação aconteceu pelas redes sociais e também pelo aplicativo de mensagens Whatsapp. Milki afirma que com o aumento constante dos combustíveis, muitos motoristas estão pagando para trabalhar.

“Tem motorista abandonando de fazer aplicativo, buscando outras alternativas, porque não tem condições esses valores”, desabafou.

A paralisação chegou ao terceiro dia nas rodovias federais e estaduais, mas não acontecem bloqueios totais das estradas, pois a Justiça do Paraná concedeu uma liminar no último sábado (19) estipulando multa de R$ 100 mil por hora de interdição total. Com isso, os bloqueios acontecem em meia pista e em alguns casos nos acostamentos.

Nesta terça-feira (22), a Petrobrás anunciou a redução do preço do diesel e da gasolina nas refinarias. Além disso, o Governo fez um acordo com o Congresso Nacional para zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o diesel, como uma forma de reduzir o impacto sobre os aumentos.

Desde julho do ano passado, a política de reajuste de preços da Petrobras foi alterada e pode acontecer todos os dias. O novo formato reflete as variações do petróleo e derivados no mercado internacional e também a oscilação do dólar.

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