A saída repentina de um pároco mexeu com a rotina de uma das maiores comunidades católicas da capital do país. Jovem e carismático, o frei Fabrício Nogueira reunia multidões nas missas do Santuário Francisco de Assis, na 915 Norte. A razão do afastamento, comunicado há cerca de duas semanas, seria problemas de saúde.
Transmitidas ao vivo pela internet, as homilias do religioso, cheias de humor e conectadas com o dia a dia dos fiéis, faziam sucesso dentro e fora do santuário. Os vídeos das pregações eram disponibilizados em um canal no YouTube. A página conta com mais de 570 inscritos. Na paróquia, as missas celebradas pelo pároco eram disputadas. Muitos chegavam horas antes para garantir um lugar na celebração.
Constantemente comparado a padres nacionalmente famosos, como Marcelo Rossi e Fábio de Melo, o frei Fabrício enfrenta a mesma doença de seus antecessores mais conhecidos: a depressão.
Comovidos com o desligamento do religioso, fiéis organizaram um abaixo-assinado “em reconhecimento ao trabalho realizado”. Destinado à Arquidiocese de Brasília, o documento conta com mais de 300 assinaturas.
No texto, disponível na internet, os fiéis elogiam o trabalho de frei Fabrício. Citam, por exemplo, a modernização da paróquia, com a instalação de equipamentos de som e iluminação, e ações sociais promovidas durante o período em que o religioso esteve à frente do Santuário Francisco de Assis.
No Facebook, foi criada, em 30 de maio, a página Amamos Frei Fabrício. O espaço reúne depoimentos de fiéis sobre o religioso e pede orações para a pronta recuperação dos problemas de saúde dele. Apesar de ter sido inaugurado há apenas uma semana, o espaço já reúne mais de 500 pessoas.
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